Alan Turing é uma das figuras mais importantes da história da computação. Ele é considerado um pioneiro na ciência da computação, e suas contribuições na matemática e na criptografia tiveram um papel crucial na Segunda Guerra Mundial. Além disso, ele é conhecido por ser o pai da inteligência artificial e ter criado o Teste de Turing, um marco no desenvolvimento da IA. Neste artigo, vamos explorar alguns fatos e curiosidades sobre a vida deste gênio.
Infância e juventude
Alan Turing nasceu em 23 de junho de 1912 em Londres, Inglaterra. Ele foi educado em casa por sua mãe até a idade de seis anos e depois frequentou escolas públicas. Desde cedo, ele demonstrou um interesse especial por matemática, ciência e quebra-cabeças.
Formação acadêmica
Turing estudou matemática na Universidade de Cambridge, onde se tornou membro do King’s College. Ele se destacou como um aluno talentoso e foi eleito para a Sociedade Matemática de Cambridge em 1935. Ele também ganhou uma bolsa de estudos para estudar em Princeton, onde estudou lógica matemática e escreveu sua tese de doutorado.
Contribuições na Segunda Guerra Mundial
Durante a Segunda Guerra Mundial, Turing trabalhou para decifrar códigos alemães. Ele liderou uma equipe que desenvolveu a máquina Enigma, um dispositivo que ajudou a quebrar a criptografia nazista. A Enigma foi fundamental para a vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial e ajudou a encurtar a duração da guerra.
Perseguição e condenação
Apesar de suas contribuições para a vitória dos Aliados, Turing foi perseguido e condenado por ser homossexual, o que era considerado crime na Inglaterra na época. Ele foi submetido a tratamentos químicos de castração e foi forçado a renunciar a sua carreira e aposentar-se.
Morte e legado
Alan Turing cometeu suicídio em 1954, aos 41 anos de idade. Ele foi amplamente reconhecido por suas contribuições na ciência da computação, matemática e criptografia, e seu trabalho teve um impacto significativo em muitas áreas da tecnologia moderna. Em 2009, o primeiro-ministro britânico Gordon Brown pediu desculpas em nome do governo britânico pela perseguição de Turing e reconheceu sua contribuição vital para a história do Reino Unido. Em 2013, a rainha Elizabeth II concedeu a Turing um perdão póstumo.
Além das suas contribuições na ciência da computação e criptografia, Alan Turing também era um leitor ávido desde jovem. A lista de livros retirados por ele na biblioteca da escola entre 1928 e 1930 foi recentemente revelada e oferece algumas pistas sobre seus interesses literários.
Os assuntos favoritos de Turing já naquela época eram matemática e física, como se poderia esperar de um futuro cientista. Surpreendentemente, o único romance na lista era uma história real intitulada The Escaping Club, escrita por A. J. Evans. Neste livro, o autor compartilha suas experiências durante a Primeira Guerra Mundial como prisioneiro de guerra e seu plano de fuga da prisão. A escolha de Turing por um livro tão pouco comum em sua lista de leitura sugere que ele sempre esteve interessado em histórias de superação e coragem.
Essa descoberta pode nos ajudar a entender melhor a personalidade complexa de Turing, que era um gênio dedicado a seus estudos, mas também tinha um lado mais humano e emocional. O interesse de Turing pela história de A. J. Evans pode ter sido uma forma de se conectar com a coragem e a resiliência do autor, já que Turing enfrentou muitos desafios em sua própria vida.
Em resumo, a lista de livros retirados por Alan Turing na biblioteca da escola oferece uma visão interessante sobre seus interesses literários desde jovem. Embora a maioria de seus livros tenha sido sobre matemática e física, a escolha de um romance baseado em uma história real revela um lado mais humano e emocional do gênio da computação.